terça-feira, 19 de abril de 2011

Novas tecnologias... e a saúde.





Recentemente, dirigi à noite pelas recém-inauguradas marginais da Raposo. Fiquei indignado (após o terror e adrenalina). Traçado ruim, sem nenhuma segurança, sinalização, um horror, quem liberou aquilo, e quem aprovou o projeto? Hoje, com ferramentas fantásticas à disposição, CAD, compostos asfálticos, equipamentos, técnicos qualificados, engenheiros... fazem obras mal-dimensionadas, com erros grotescos, coisa que não ocorria nos anos 60 e 70, quando os parcos engenheiros tinham que usar régua de cálculo, prancheta, faltava maquinário e trabalhadores especializados.
E, na Medicina? Hoje, os médicos dispõe do que há de mais moderno e sensível para o diagnóstico laboratorial. Pode realizar imagens internas 3D com detalhamento absurdo. Tem equipamentos de suporte de vida extremamente confiáveis e configuráveis para cada quadro. Uma abundância de fármacos cada vez mais seguros e atuantes. São pautados por milhões de pesquisas que ocorrem em todo o mundo acadêmico, dispõe de condições de ensino formidáveis, pessoal de enfermagem formado... porém, o médico em si piorou. Como? Óbvio que há profissionais e profissionais, mas a falta de vocação da maioria daqueles que se forma é patente no mercado. Mesmo com tudo à disposição, lembra-se dos "médico de antigamente" como os médicos de verdade. A massificação não trouxe melhora qualitativa e aumento do acesso dos pacientes à saúde de qualidade.Com todos os recursos à disposição, está na hora de se rever o profissional de saúde.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Ontem, dia 13, retorno do feriadão para muitos, me dirigia à São Paulo pela Castelo Branco, para um compromisso às 9:00. lá pelas 8:00, chego no km 31, a famosa intersecção entre Jandira e Barueri, geralmente a 1ª "paradinha", de muitas. Rádio ligado em informações de trânsito, muito sono e para piorar, forte gripe, usando uma camiseta velha como lenço, sempre indo do nariz para o banco do passageiro. Na faixa da esquerda, contemplo a pista oposta, sentido interior. À minha frente, um veículo Gol, modelo novo, prata. Mais ou menos à altura de sua roda dianteira, na faixa central, um caminhão com carreta. A paradinha foi rápida, o trânsito começa à fluir, piso na embreagem, olho no retrovisor da direita e vejo a cgzinha(não sei a marca, mas no final todas as motos 125cc de todos os fabricantes são cgzinhas para mim) vindo no corredor, aquele espaço entre as faixas de rolamento que na verdade é apenas virtual, pois é apenas a separação entre elas com uma faixa pintada no asfalto. Não deu tempo de fazer a ação entre pisar na embreagem, olhar o retrovisor e engatar primeira, a moto veio rápido, e esse corredor que é um exercício de imaginação para legisladores, invisível para motoristas e real apenas para motoqueiros era apenas uma abstração à meros 4 metros de meus olhos. A ação e o ruído ao mesmo tempo, daquele anônimo mais um motoboy, cgzeiro ou o que valha, batendo na lateral da carreta, e se desequilibrando exatamente para o lado da rodagem dupla: o horror, o corpo humano, a maravilha biológica feita para pensar e se movimentar agilmente perante a força da mecânica feita para cargas pesadas, passando de uma forma chapliniana e grotesca, de uma roda a outra até sucumbir sob todo o peso agressor junto com sua companheira de rodas mecânica. O horror que durou exatamente um engatar de marcha, o fim anônimo de uma vida em um retorno de Nossa Senhora Aparecida, o pagão Dia das Criança, dia esse que aquele que teve seu fim perante meus olhos pode ter dado presentes à alguém, um filho, um irmão, sobrinho, assim como um dia os recebeu de seus pais, conhecidos, familiares. A massa de membros revoltos e elementos fugidios de seu invólucro lesado... agora sem razão de ser. O horror, a dor e o pezar daqueles que, assim como eu, presenciaram o momento final, daquele momento em que todos foram impotentes, o motoqueiro, que depois que perdeu o equilíbrio virou refém da ação da gravidade, impotente eu que assisti de tão perto, e me foi facultado o poder divino de parar o tempo, impotente o motorista do caminhão, que nem sabia o que estava acontecendo e em nenhum momento poderia antever que de seu instrumento de trabalho, que começava à se locomover com seu fardo, seria o instrumento de morte de um anônimo. Meu dia mudou. Mudou de forma que muitas coisas para a qual eu estava dando importância se tornaram desimportantes, e outras relegadas, tornaram-se fundamentais. E meus pensamentos recebem o estímulo necessário para radicalizarem em um sem-fim de razões e motivos para todos os assuntos onde podem alcançar. Eu me radicalizo junto, eu fico diferente, motivado pelo fim daquele anônimo. No começo sem clareza, depois bem mais claro em minha mente que prossegue em seu caminho tortuoso pensando no sentido, não da vida, mas o meu, piegas mesmo, o que eu sou, o que faço, qual o sentido de tudo? Fodam-se esses políticos imundos, seres ordinários que esqueceram de onde vieram e por quem os defende muitas vezes cheios de paixão, são seres ingratos que definem que simbolizam realmente que muitos somente são bons quando morrem, políticos que criam um Estado criador de pagadores de impostos, que quando retornam, se retornam, são de forma porca que não resolvem nossos problemas de saúde, educação, segurança e transporte, e criam congestionamentos sem fim. Fodam-se esses políticos que mudam a lei que deixam os motociclistas criarem suas facilidades próprias e que não passam de um jogo de probabilidades onde o único resultado é antecipar o fim da vida para alguma data antes da morte natural, políticos desonestos que o fazem apenas para que a indústria venda mais, e todos os impostos dolosos são repassados ao que normalmente é desesperado e tira desse instrumento frágil sob rodas o sustento de sua família, uma forma econômica tanto em valores financeiros quanto em salubridade, impostos geralmente desviados ou usados para pagar os mesmos políticos que estão fora de Brasília durante o expediente. Fodam-se nós mesmos, que abusamos dos serviços dessas pessoas pagando nada, mal valendo seu suor quanto mais uma vida digna à eles, e normalmente os chingamos. Fodam-se os motoboys, solidários de uma figa, loucos para pegar uma briga principalmente se deixar mulheres apavoradas em simples esbarrões sem consequências, mas se apressam em tomar o lugar insalubre deixado por um colega que se torna uma baixa do trãnsito. Fodam-se os empresários depredadores e os executivos calhordas, que escondem sua sanha por dinheiro e insegurança em imagens cosméticas polidas cheias de arrogância e prepotência e que fazem o máximo para tirar dinheiro daqueles se subodinam para poder catar as moedas que lhes são lançadas como como se fossem uma esmola por se "iluminarem" perante seus sorrisos,lustrados em cadeiras de dentistas ao invés da justa remuneração por resultados alcançados. Foda-se junto o mercado, que pensa apenas em preço baixo e não em valor agregado, fazendo empresas enxugarem seus custos, e o fazem normalmente naqueles que fazem do bem ou serviço valer à pena. Foda-se eu, com gripe forte, pressão alta e tendo que tirar a visícula biliar cheia de pedras e não tenho tempo para ir ao médico, porque tenho que sair correndo o tempo todo para arrumar equipamentos... médicos, foda-se eu que posso agora ver que muita coisa desimportate era usada como subterfúgio para não fazer o importante. Fodam-se todos nós que podemos errar e consertar o erro. Só não se foda o anônimo que mudou um pouco meu jeito de ver as coisas, porque seu erro em correr por seu corredor inexistente, o fim de seu túnel, não pode ser consertado.

sábado, 9 de outubro de 2010

O Estado terceirizado.


Em uma notícia recente, a recém reeleita deputada estadual Maria Lúcia Amary, do PSDB de Sorocaba, apontou algumas de suas bandeiras para alavancar recursos para a cidade de Sorocaba. Dentre elas, estava alguns projetos para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba, evidentemente lotado e com capacidade operacional estourada. Dentre as citações, estava a terceirização de alguns serviços... e vou discutir isso aqui. É inegável que o Estado deve focar suas ações, e se limitar aquilo realmente essencial para prestar um bom serviço, já que ao contrário que se prega, esses serviços não são gratuitos, são pagos por impostos. É louvável que a administração pública repasse serviços à sociedade, gerando nessa ação empregos e novas iniciativas. Mas a terceirização não é a panacéia universal, um produto pronto que se compra em supermercado. O governo tucano está disposto à realizar bons serviços, desde que pagos, e seus eleitores estão dispostos à pagar o preço. Estradas com pedágios caros, esse é um exemplo. Terceirização de laboratórios, que apesar de não serem pagos no caixa, afastam o laboratório dos médicos, pois esses trabalho essencial passa à ser uma prestação de serviço impessoal e temporária, não há vínculo entre o hospital e aqueles que fazem os exames. E aí, o pagador de impostos se vale do serviço particular, que muitas vezes é pior que público, se diferenciando apenas por salas de espera com telas de LCD. Vai-se aí afora, mas pagamos impostos, e caros, que não são subtraídos quando o serviço que nós temos que pagar que é obrigação do Estado não nos é entregue: educação, saúde, segurança... pagando o serviço duas vezes. E isso sem dizer dos impostos que reincidem sobre eles mesmos, como o ICMS da conta de energia elétrica. Se os tucanos defendem tanto o Estado mínimo, deveriam defender também a diminuição de encargos na mesma proporção. Pois se não o serviço não é entregue, o dinheiro deveria ser ressarcido.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quando a propaganda é muita...




Hoje, minha esposa chegou com um Doritos (um mesmo, não posso comer coisas com sal, porque minha pressão está mais valorizada que o Real), e me pediu para experimentar. Horrível. Olhei a embalagem, e é de uma série especial, com uma imagem mais ou menos da Rihana e sabor hambúrguer. Não bastou uma embalagem toda diferente, "cool", com o os dizeres de novo sabor: o negócio é tão ruim que tiveram que colocar a imagem da pop star na embalagem, para convencer que é bom. O mesmo o "novo" Orkut, cheio de recursos, com uma promoção que selecionava os primeiros usuários (e muitos pagaram pelo dito privilégio). Visualmente bonito, mas ordinário, ele simplesmente relega à segundo plano o que o forte dessa rede social, que são as comunidades.
Em breve, estaremos decidindo entre Dillma e Serra. Uma pena o tempo de televisão desigual entre candidatos, outra coisa sem nexo em nosso período eleitoral, Marina Silva, a única candidata com programa, tinha apenas 2 minutos, e mesmo assim, conseguiu 20% dos votos dos eleitores brasileiros, provocando o 2º turno. Uma campanha limpa, pouco falada e pobre em relação aos dois finalistas, que até agora não apresentaram seu plnao de governo, nem ao menos tem um. Só se preocuparam com bonitos jingles e produção de cinema nos programas, feita por propagandistas vindos dos EUA, uso intensivo de militância e internet, cirurgias plásticas, botox, palavras de efeito... mas eu tenho comigo que são o mesmo que o Doritos sabor hamburguer com a Rihana na embalagem.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pão "E" Circo ou Democracia?


Aparelhamento do Estado. O uso do aparato do aparato do Estado por um grupo, de forma que os dois se confundem em um só. Isso ocorreu durante a ditadura, o Estado e a administração militar eram uma coisa só. E quando isso se firmou? Quando um grupo político tentou fazer uso da máquina do Estado como meio próprio. A sociedade derrubou essa tentativa e ajudou a instalar... outro grupo que se apoderou do Estado. E tudo ia muito bem até o momento que o pão começou à ficar mais caro. Então, os militares ofereceram o circo: futebol, concurso de miss, até que até isso ficou caro. Então, derrubou-se os militares, mas sem que antes o grupo oligárquico que tinha se aproveitado do Estado pode ter certeza que manteria o Estado para si. E levou-se mais de uma década para que esse grupo perdesse seu aparato, e todas as mudanças necessárias para o país passasse ao seu crivo. Mas ainda assim, não houveram mudanças drásticas: mudaram-se os personagens, que formaram uma nova oligarquia eletiva que se apoderou do Estado, ainda que com a benção e deixando pontos estratégicos para o antigo grupo: ainda é necessário o aval de pessoas dos idos militares para se mudar algo.
Por enquanto, a nova oligarquia provê pão e circo: pão caro, diga-se de passagem, pago à prestação, assim como o circo, que será pago com impostos caros. As pessoas de fato não dão importância que esses grupos acampem permanentemente no governo, desde que lhes seja permitido o acesso ao pão e ao circo. As pessoas não se dão a importância de como o Estado deveria ser livre da contaminação daqueles que se usurpam do maquinário do Estado, muitas vezes impedindo a manifestação democrática e uma passagem tranquila do poder eletivo para diferentes correntes: levam-se 4 anos para desmontar uma bomba-relógio, e depois mais 4 anos... que ao invés de serem usados para um Estado de gestão eficiente, é apenas reaparelhado por uma nova corrente.
Sempre ouvi que o Brasil é o país do futuro. Esse futuro nunca chega, e creio que o motivo maior é que não assumimos nossa responsabilidade em levá-lo até lá, e sim, delegamos á salvadores da pátria que, se fossem gente séria, nunca assumiriam esse papel.

Sujeira eleitoral


Passou-se o 1º Turno das eleições de 2010. Ficaram os papéis, outdoors... interessante que as trocas de acusações ficarão no passado. A campanha suja moralmente fica menos tempo nos corações dos políticos que propaganda em muros. Interessante é a defesa que fazemos de nossos candidatos, somos anônimos ajudando a espalhar verdades e mentiras, somos apaixonados, somos grandes amigos anônimos de quem faz o poder, e nos sentimos por isso fazendo. E logo depois da campanha, nos sentimos frustados quando nosso candidato nem manda uma mensagem no Twitter agradecendo o voto e atenção. Juntamos os papéis dos muitos derrotados e poucos vitoriosos, limpamos a sujeira, e os esquecemos até o próximo pleito. Mesmo entre os verdes, não houve qualquer compensação de carbono, plantio de árvores, ou o que quer que seja, em contraposição à poluição gerada pela campanha. Opa, somos verdes, onde é visível!

Um dia, acertaremos novamente. E quem sabe tenhamos uma boa surpresa logo, já que o prognóstico não é dos melhores.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Críticas à Prefeitura Municipal de Sorocaba e outros órgãos que ignoram o cidadão.




É impressionante como o poder público ou julga que não é necessário responder às dúvidas de seus cidadãos ou se é incompetente para tal.Não vou fazer uma novela, apenas resumirei a questão com o texto que enviei por correio eletrônico à Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo da Prefeitura Sorocaba em 27 de outubro deste mês:

Meu nome é Ulisses Paulino, RG XXXXXXXX-X, moro no Jardim Astro e estou enviando esta mensagem com o seguinte questionamento,

Sobre empreendimento imobiliário situado à rua Fernando Silva nº35, Jardim Astro, com nome comercial Premium Office, constituído prédio de 9 andares de escritórios, este parece estar inconforme com a LEI Nº 8181, DE 5 DE JUNHO DE 2007, ferindo o artigo 79 parágrafo 1º da referida lei, onde:

"Na Zona Residencial 1 - ZR1, além dos usos RL, RG, UE e de atividades de profissionais liberais, excetuando-se os loteamentos fechados, são permitidos usos que não sejam poluentes, perigosos, incômodos ou nocivos à vizinhança e pólos geradores de tráfego, tais como: escritórios em geral, consultórios e clínicas médicas e odontológicas, escola de educação infantil que atendam crianças de zero a seis anos de idade, sociedades ou associações de amigos de bairro, com respectiva estrutura de apoio interno, tais como área de lazer e de estudo, sala de refeições, espaço para café e similares, instaladas em imóveis com área construída não superior a 750 m2; (NR) ".

Desde já grato pela atenção.

Ulisses Paulino



A resposta: nenhuma.


Até agora, nenhuma consideração sobre uma pergunta, à qual fiquei uma tarde de domingo pesquisando a legislação municipal para não ser leviano e fazer com que as pessoas perdessem seu tempo com uma pergunta sem fundamento. Agora eu sei porque o poder público é pego sempre de calça curta pelo Ministério Público, pois ele sempre releva o que os cidadãos tem à dizer, e este, sem as amarras burocráticas de mesas com pilhas de papel em várias vias, vai à instâncias superiores. Quem é prejudicado? O próprio cidadão, que vai pagar a conta no final.